"As esganadas", novo romance do escritor, editado pela Companhia das Letras (com tiragem de 80 mil exemplares), que chega neste sábado às livrarias e à internet em versão digital. Quinto livro e quarto romance do comediante, "As esganadas" se passa no Rio de Janeiro da década de 1930 e conta a história do misterioso assassinato de mulheres gordíssimas, cujos corpos são sempre encontrados entupidos do que há de melhor na gastronomia portuguesa. Uma turma de protagonistas insólitos e hilários se dispõe a desvendar a trama, batizada pela imprensa da capital federal como "O caso das esganadas", numa corrida contra o tempo para evitar que o assassino faça sua próxima vítima.
Fã de romances policiais históricos, Jô Soares repete em "As esganadas" o mesmo formato de seus romances anteriores, "O Xangô de Baker Street", "O homem que matou Getúlio Vargas" e "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" (seu último, de 2005): uma mistura de trama policialesca com pesquisa histórica, regada a humor inteligente e fina ironia, um livro que se lê num fôlego só. São deliciosas suas reproduções de reclames do rádio da época ("Para fadiga mental, nervosa e muscular, o Phospho-Kola de Giffoni é saboroso, granulado e glicerofosfatado") e as descrições das partidas da Copa do Mundo de 1938, disputada na França, já tensa por conta da Segunda Guerra.
- Penso no livro como um roteiro de filme e jamais começo a escrever antes que eu saiba como vai terminar a história - diz Jô Soares em sua sala gigante, misto de escritório e sala de estar, no primeiro andar de seu apartamento dúplex, em Higienópolis, Zona Oeste de São Paulo.
Ele escreveu "As esganadas" em 18 meses:
- Todo dia pego no livro para trabalhar porque senão ele foge. Quase nunca escrevo menos de quatro horas por dia, às tardes e à noite. Mas, às vezes, ainda que não bata inspiração, abro o livro e coloco pelo menos uma vírgula, para não perder o fio da meada.

Pergunto se procura no Google informações sobre Jô Soares.
- Não me googlo, nem me assisto na TV. É claro que a gente repassa o programa após a gravação para ver se precisa mudar algo, mas nunca depois. É assim desde os humorísticos. Quando está gravando, você se acha um Deus. Depois vou ver e a decepção é tão grande que eu me acho até gordo na tela - brinca.
Sem rotinas diárias, o humorista diz que o "Programa do Jô" é a coisa mais importante de sua vida, e tudo o mais tem que se adaptar à rotina de reuniões e gravações, incluindo livros. Depois de 22 anos fazendo o programa (11 no SBT e 11 na Globo), ele não está enjoado do formato.
- Mas isso não interessa. O que importa é o conteúdo, e nisso o programa se renova sempre porque os entrevistados são sempre diferentes. Isso também me renova. Neste tempo todo, consegui depoimentos que são verdadeiras memórias de gente como Luis Carlos Prestes ou Dom Helder Câmara. Nesse ponto, sou como o (jornalista americano) Larry King: são quase 15 mil entrevistas, e estou só começando. (fonte: Jornal O Globo)
NOTA do blog: Nunca li nenhum livro do Jô, e sendo bem sincera, também não sou muito fã do apresentador. Talvez seja até por isso que nunca (mesmo com tantos comentários e indicações sobre as obras dele) eu tenha nem ao menos tomado um de deus livros em mãos.
Mas começo a desconfiar que já passou da hora de eu romper esse "preconceito" e ler algum de seus livros e tirar, de uma vez por todas, as minhas conclusões.
E você, já leu algum livro do Jô? Dê sua opinião aqui!
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Confesso que também não sou muito fã do apresentador, apesar de achá-lo super inteligente e também nunca li nenhum de seus livros mas confesso que sempre tive vontade de ler O XANGO DE BEAKER STREET, não sei porque mas o título sempre me despertou curiosidade, talvez comece por ele.
ResponderExcluirPaula Inês.
Paula, vamos então tomar coragem e comprar o Xangô???...rss
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