quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SENTA QUE LÁ VEM: CARLOS RUIZ ZAFÓN PARTE 2.....O JOGO DO ANJO

Continuando nosso assunto sobre o autor Carlos Ruiz Zafón, hoje irei destacar mais alguns pontos sobre a carreira e a vida do escritor espanhol.


Zafón, além dos três livros já publicados no Brasil (citados no post anterior) também escreveu, na década de 90 uma trilogia de livros infanto-juvenis, composta por O Principe da Névoa (1993), O Palácio da Meia Noite (1994) e As Luzes de Setembro (1995).


O autor catalão deixou sua cidade natal em 1993, indo viver em Los Angeles com sua mulher, onde trabalha atualmente como roteirista e também colabora nos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.


Vamos então a resenha sobre o livro O JOGO DO ANJO (ed. Objetiva, 2009)




Sinopse: 



Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço.
           


Enquanto guia seus leitores por cenários familiares, como a pequena livraria Sempere e Filhos e o mágico Cemitério dos Livros Esquecidos, Zafón constrói uma história que mistura o amor pelos livros, a paixão e a amizade. O autor conta que se permitiu brincar com o formato da obra, que combina diferentes estilos: “O Jogo do Anjo é, a meu ver, uma história de mistério e romance que, como a A Sombra do Vento, explora e combina numerosos gêneros, técnicas e registros. É novamente uma história de livros, de quem os faz, de quem os lê e de quem vive com eles, através deles e até contra eles. É uma história de amor, amizade e, em alguns momentos, sobre o lado obscuro de cada um de nós. Pelo menos essa é minha ambição, oferecer ao leitor uma experiência intensa e convidá-lo ao jogo da literatura.”
O protagonista e narrador do romance é David Martín, um jovem escritor que vive em Barcelona na década de 20. Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinha sozinho num casarão em ruínas. É quando surge Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro, e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir.


Quando perguntado se O Jogo do Anjo é melhor que A Sombra do Vento, não tem dúvidas ao responder que sim: “Eu gosto mais. Entre outras coisas porque a anterior comecei a escrever há quase dez anos. Quero acreditar que aprendi alguma coisa nesse tempo. Além disso, é um livro menos tímido. Eu vinha da literatura juvenil, e A Sombra do Vento é deliberadamente mais amável que O Jogo do Anjo. Um dos motivos é porque foi escrita através dos olhos de um menino que estava amadurecendo. Agora fui mais valente e escrevi a irmã perversa de A Sombra do Vento. É mais dickensiana.” E completa: “O Jogo do Anjo é mais interessante porque aprofunda e amplia novos aspectos excitantes da Barcelona dos anos 20. A cidade continua sendo um personagem fundamental, mas agora explorei mais seus aspectos góticos.” (fonte: Ed. Objetiva)

NOTA do blog: O Jogo do Anjo realmente é um livro mais adulto que o anterior a Sombra do Vento, porém, em minha opinião O Jogo do Anjo não consegue chegar aos pilares do fascínio que a Sombra do Vento proporcionou aos leitores.

O livro é bom (álias como tudo que Carlos escreve) contudo, para quem leu o anterior,  O Jogo do Anjo deixa um pouco a desejar no quesito surpreender, pois segue exatamente a mesma linha do suspense e mistério anterior. Eu por exemplo já imaginava o final mesmo antes de ter chegado até ele, o que também não retirou o brilho da narrativa nem a audácia da escrita e do fascínio ao qual os personagens me ganharam.

O bom de Carlos é que seus "vilões" por assim dizer nunca são aqueles escárnios no qual estamos acostumados a ver, são tão humanizados e sofridos que por certo momento é até possível sentir em meio aquela aura de mistério pena e condolência.


De todo o modo, O Jogo do Anjo valeu e muito, a leitura.


E você, concorda comigo?





Um comentário:

  1. Parabéns Lucinha, seu blog está incrível...

    Vai fazer muito sucesso!!!

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